O Bitcoin não morreu! E mais uma vez renova máximas. No Brasil o ativo já é negociado na faixa dos R$ 78.000,00 e em Dólar, batendo a máxima do ano, sendo negociado acima dos $ 13.700,00.

Olhando o cenário mundial, estamos as vésperas das eleições dos Estados Unidos. As bolsas estão em alerta. SPX e NDX em leve queda. O ouro busca consolidação acima dos $ 1.890,00. O mercado cripto descorrelacionou-se das bolsas mundiais nas últimas semanas.

O candle semanal que fechou no dia 19 de outubro foi o sétimo maior fechamento semanal de um candle do Bitcoin desde o início da sua história. Isso é extremamente bullish. Graficamente, revertemos a tendência de baixa para uma de alta no tempo gráfico mensal, formando um fundo ascendente em $ 9.850,00 o que é muito saudável para um movimento de alta, e estamos dentro de um padrão de um triângulo ascendente. O topo desse triângulo, coincide com a resistência mais próxima ($ 14.000,00). Veja na figura abaixo:

Isso significa que estamos 39% abaixo do topo histórico do Bitcoin, precisando de uma injeção de 118 bilhões de dólares para chegarmos lá.

Um dado muito interessante e que favorece essa necessidade, é que o funding do criptoativo está em nível muito baixo. Geralmente, se olharmos para o funding da Bitfinex e da BitMEX, que são exchanges onde o usuário pode especular de forma mais agressiva no mercado de criptomoedas, quando o retorno do funding anual esta em 24 – 26% o topo do movimento em cripto é formado, quando ele esta em 7 – 9% o fundo é formado. Hoje, é a primeira vez que estamos em um topo ($ 13.700,00) e esse índice está em patamar de fundo. Isso traz muita força para um movimento de alta, pois significa que ainda temos impulso para mais, devido as baixas taxas. Veja na figura abaixo:

o gráfico de linha roxa e barras azuis representa o índice e o gráfico de candles verdes e vermelhos representa o preço do Bitcoin.

Outro fator que indica o sentimento dos investidores em relação ao futuro das criptomoedas, é o número de Bitcoins custodiados em exchanges.

Desde o crash do corona day, o número de Bitcoins retirados das exchanges (para carteiras privadas) vêm aumentando muito (barras vermelhas). Esse indicador nos mostra que os investidores estão com um sentimento positivo para o futuro do ativo, e não pretendem negociar seu estoque, optando por poupá-lo em carteiras físicas (paper ou hardware).

Já os fundamentos que englobam a rede do Bitcoin, como a segurança, nos mostram também dados positivos:

Olhando para as linhas vermelha e azul, respectivamente, vemos que a segurança da rede, baseada na receita dos mineradores, esta num ótimo patamar, e que as taxas estão bem menores, se comparadas ao bull run que nos levou aos $ 20.000,00 (final de 2017, inicio de 2018). As taxas são as taxas pagas para transferir bitcoins. Agora por fim, olhando para a capacidade da rede do Bitcoin (taxa de hash, que há poucos dias bateu uma nova máxima). Essa taxa nos indica o tamanho do poder computacional dedicado à rede do Bitcoin. Quanto maior é o valor dessa taxa, mais segura é a rede.

Interessante que o hash rate sofreu uma queda de 45% nos últimos 3 dias. O fenômeno que pode estar acontecendo é interessante: uma possível migração de várias pequenas / médias fazendas de mineração pro norte da China / Mongólia em busca de energia barata. Tudo isso devido às estações de Chuva que ditam a energia barata na China. De abril a fim de outubro (Wet Season) muitos mineradores ficam em Sichuan pagando 0.08 yan/kWh (0,01 usd). Só que em Sichuan ocorrem catástrofes. Eventualmente tem inundação que destrói as fazendas, como aconteceu em julho de 2018, com prejuízo milionário. De outubro a abril (Dry Season) eles vão pro norte da Mongólia e da China tentar pegar energia mais barata. Pela manutenção de um bom OPEX (Custo operacional), os Mining Camps vão se mudando em busca de energia barata.

Podemos dizer com bastante fundamentação que o momento atual do Bitcoin e das criptomoedas é de fato interessante, e deve ser observado de perto. Claramente muitas empresas vêm notando tudo isso que descrevemos, a prova real são notícias que vimos ao longo dos últimos meses, da Square e da MicroStrategy e a de hoje: o maior banco de Singapura, DBS, está lançando uma corretora de criptomoedas.

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